Curso básico 05

Cordas dinâmicas e estáticas

Uma corda é um instrumento de segurança. Dependendo de sua qualidade, do uso que se dá, e da sua conservação, uma corda pode ter uma vida útil mais ou menos longa…

Cuidadosa e constante revisão das cordas devem ser feitas sempre, depois e antes de usá-las.
A inspeção deve ser com luz suficiente, examinando e palpando a corda dos dois lados, palmo a palmo.
Qualquer defeito encontrado, deve ser eliminado em geral cortando-se o pedaço comprometido.
Se o defeito é no meio da corda, infelizmente de uma corda longa obtém-se apenas duas cordas curtas, mas é preferível sacrificar a corda do que a segurança que ela fornece.

Veja as figuras abaixo:

Uma corda é composta da capa (colorida) e de uma alma (cordonetes brancos no interior).

Quando a capa rasga aparecendo a alma, conclui-se que teremos que cortar a mesma.

Passa-se dois pedaços de silver-tape bem apertados ligeiramente fora do desgaste.

Corta-se a corda em dois pedaços.

Uma corda é composta da capa (colorida) e de uma alma (cordonetes brancos no interior).

Quando a capa rasga aparecendo a alma, conclui-se que teremos que cortar a mesma.

Uma corda muito sofrida, ou já com longo tempo de uso, deve ser retirada de uso e devidamente marcada como tal.
Para evitar um rápido desgaste de cordas, com consequentes despesas de reposição, certas regras de conservação podem ser respeitadas:
– corda não é capacho – não pise em cima. A corda não deve ser arrastada pelo chão, poeira e pequenos cristais de rocha abrem caminho pelas fibras, e aos poucos, inteiramente destroem a corda de modo não visível da superfície.
– Evite que a corda corra sobre arestas (agudas ou rombas), especialmente sôb forte tração.

As cordas de rappel ou de jumar em especial, devem ser colocadas fora do alcance das bordas do paredão. Para isso, solteiras (pedaços de cordas mais curtas) devem ser usadas entre a corda e o ponto de fixação. São essas cordas mais menores que sofrerão o desgaste, e em casos de lesão podem ser retiradas de uso sem grandes perdas.

– Não deixe a corda sôb tensão por qualquer período longo de tempo.nunca a use para rebocar carros ou qualquer uso que não especificamente para a finalidade a que se destina. Uma vez usada para outra coisa, ela é então e para sempre uma corda de reboque e nunca mais uma corda de segurança. – Lave sempre as cordas quando estiverem sujas – em espeleologia isto quer dizer após cada excursão. A corda pode ser lavada em máquina de lavar roupa, sem quaisquer produtos químicos, apenas deixá-la bater com água. Além da beleza de uma corda recém lavada, a agitação da água retira os micro-cristais da trama das capas de nylon.

– Lavada ou não lavada, deixe sempre a corda secando, após cada excursão: à sombra pendurada em voltas frouxas, e fora do alcance de aquecedores ou qualquer fonte de calor. Depois de usar e antes de guardar, remova todos os nós.

– Os raios ultra violetas, com o tempo, deterioram fibras de nylon. Por isso, não deixe a corda desnecessariamente ao ar livre, exposta a luz solar.

Uma corda de escalada é um instrumento de precisão, utilizado para um esporte altamente técnico. Ela deve ser tratada com o mesmo respeito e cuidado que qualquer outro fino instrumento. Quando a vida de alguém estiver pendurada pelo fio, todo cuidado gasto na sua preservação não terá sido demais. Há dois tipos básicos de cordas em uso nos esportes de caverna e montanha:

As cordas elásticas (dinâmicas) – de segurança , normalmente importadas (multi-cores) de construção especial, são verdadeiras molas espirais de nylon que são destinadas a reter quedas dinâmicas – de múltiplos usos, para segurança em escalada, em abismos, cruzando rios, e também para rappel, são as mais comuns. Veja mais adiante “Fator de Queda”.

As cordas inelásticas (estáticas ) – cujo uso como cordas fixas ao equipar paredões ou abismos em cavernas as limita apenas para descer de rappel ou subir usando jumar, não podendo (por seu tipo particular de construção) serem usadas jamais como cordas de segurança. Uma corda molhada muda completamente suas características originais de atrito e comportamento. Para segurança em paredes de alpinismo, tenha sempre uma seca e use equipamento auto-blocante profissional como os “grigris”.